Em suspensão e pêndulo.

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A Santa

Poesia, sou tua!

Carne, alma, unhas...

Dentes de Dante.

E a cabeça feita

até as pontas dos pés.

E as pontes sobre o céu entre polens,

e os poros de tua flor,

as margens encarnadas de: tua palavra.

Minha e vossa ceia posta,

minha insanidade doce sem misérias.

A Louca

Em transe

sou tua cor o escarlate,

Poesia sem vestimentas,

sou teu corpo, do objeto,

teu cavalo em gestação...

Se me danças giro,

giro e rio, giro, rio e águo...

Sou do teu vermelho o sangue e a espuma,

vivo a transfusar por ondas,

fantasma, lançando sinais

a pedir tua guia.

Não me guie, minha guia...

Sou tua em pausas e sonoros silêncios. Só tua.

Toda a rua sabe, todo o chão dessa casa

e o ruído abafado de minha sede noturna.

Um explicito, um acento, um abrev.

breve ato a breve ato

palco e platéia,

simbióticas:

As rainhas do drama, da tragédia, do riso!

(r i so s)

(êx ta se)

Patrícia Porto

Patricia_Porto
Enviado por Patricia_Porto em 29/04/2013
Código do texto: T4265434
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