Meu
Sou Paulistano
Filho de Baiano
Capricorniano
Sofredor, corinthiano...
Ser humano racional
Nas brutas emoções do cotidiano
Aprimorando os passos
Por entre ruas, agitadas ruas
Varo os dias procurando a vida
Em meio a longas e sinuosas avenidas
Desafio-me, e entrego-me ao covil urbano
Um sentimento leviano retratando um cidadão
As mesmas faces nos espelhos refletindo as suas ações
São Paulo
E as rugas, as fugas da sociedade
Moderna metrópole, cinzenta e eufórica
Bucólica, católica, negra e malancólica
Alcóolica e soberana entre as maiores
E as piores, e as melhores, as melhores
Ruas repletas de carros, de barros, lamassal...
Enchentes de amor, melodias de buzina
Assaltos de sentimentos bons
Sequestros das dores e da leveza
A destreza em pernas bêbadas, trôpegas
Suadas, cansadas, alegres e agitadas
Nas calçadas sujas de poeira e pombos...