O gato, a gota e a rosa
Na bruma de um canto_santo
Sonoro como a paz de um cego_ego
Arfo branas em redondilhas eternas
Que por mim reverbera
Olhos de planetas oitavas_estavas?
Balizam imaginação cintilante
Que falta me faço,
Se recheio sou de um corpo
Que cala... que fala?
Observador desconhecido
Em patas aveludadas
Ronda meus olhos
Inúteis como o ontem
A canção recorrente
Goteja minha memória
No tom, que afinado,
N´alma felina ronronaria_sem demora
Quem me dera silenciar
Em noite orvalhada
Serena, alimento dos dias vãos
Apenas botão que o valha
Toda vã lucidez
É sonho parco que não desabrocha
Na pétala que finge ser
O ser, que é rosa_sempre foi
Sem o saber,
É sombra de um nada-ser