A poesia e a ciência
A poesia e a ciência nasceram pra não se entender
Talvez uma fale sobre a outra, mas é impossível conviver
Não espere muito, você não tem fatos em suas mãos
Sinto muito, as coisas não deviam ter tomado essa direção
É hora de acabar, de um jeito ou de outro
É hora de procurar outro lugar pra habitar
Vão tornar mais lamentável que uma simples solidão
Será inacreditável, um mero ser sem expressão fazer isso
Olhe para sí, tudo não começou aqui, entre nós
Invadiste meus sonhos, vou invadir seu laboratório
Mataste meu futuro, e eu temo pelo seu
Simplesmente, não dá pra engolir, eu sei o que fazer
E por pouco vou agir, mas planejar também faz doer
Tudo termina com lágrimas nos olhos e sangue no chão
Com gritos lá fora, um coro exaltando, sem ritmo,
Berrando desesperadamente: Por favor, não!