PASSARINHO DE GAIOLA

Meu passarinho na gaiola

Tão tristonho sem cantar

É como o cantar sem viola,

Traz na garganta o soluçar.

Não posso deixar-te ir embora,

Mesmo sendo minha vontade.

O bicho homem te pega lá fora

E eu morrerei de tanta saudade.

Somos amigos, tenho certeza!

De Deus, és o meu presente.

Sei que pertences a natureza,

Mas nunca quero tê-lo ausente.

Meu pequenino ser de pena,

Alegria que ainda me resta,

Enfeitas a vida, roubas a cena,

De outros bichinhos dono de festa.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 28/04/2013
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