PASSARINHO DE GAIOLA
Meu passarinho na gaiola
Tão tristonho sem cantar
É como o cantar sem viola,
Traz na garganta o soluçar.
Não posso deixar-te ir embora,
Mesmo sendo minha vontade.
O bicho homem te pega lá fora
E eu morrerei de tanta saudade.
Somos amigos, tenho certeza!
De Deus, és o meu presente.
Sei que pertences a natureza,
Mas nunca quero tê-lo ausente.
Meu pequenino ser de pena,
Alegria que ainda me resta,
Enfeitas a vida, roubas a cena,
De outros bichinhos dono de festa.
DIONÉA FRAGOSO