Autorretrato
Sou a menina perdida
Pelos campos verdejantes
A procura de guarida
Sou a lua ambulante
Que ilumina os prados verdes.
A cantarolar a vida,
Sou uma folha caída
Nas aguas desse quebranto.
Sou a gaivota a voar
A procura de aconchego
Sou aquela que tem medo
De viver suas loucuras.
Sou a que vive a procura
Do arco-íris iluminado
Pelos raios do sol forte
No horizonte prateado.
Sou aquela que em lágrimas
Amarga os dissabores
E com sorriso nos lábios
Inventa novos amores.
Enfim, sou eu a procura,
Do que restou de mim mesma
Sou eu que assim, indeseja.
Joga a toalha na mesa.