Sinto que se aproxima, aos poucos e progressivamente.
Me deseja, e sabemos disso !
Pouco falante, fixa-me com seu olhar de fome.
É CERTO, deseja a intimidade deste homem.

Velha companheira dos experimentados...
Agora, apenas, senhora... Minha senhora !

Maturidade, eis o nome dela.

Prima distante da Sabedoria e dela, as vezes, inimiga.
Sorrateira, afugenta minha libertária rebeldia de menino,
Indicando-me limites nunca antes vistos ou mesmo permitidos.

Já na intimidade, pretende apresentar-me a finitude.
Resisto, reflito,  e já cansado, permito-me.

Em seguida, entendo.
Há nesta anunciada finitude significado e tanto.
Desvendada, dissipa o medo.
E na ausência do flagelo que o temor impõe,
Nos revela sua área de atuação, sua jurisdição.
E assim, liberta-me !

Pois bem sabemos...
Fora dos limites do corpo,
Que curva-se ante as leis da natureza em mim,
Não há degeneração, muito menos fim.

Exemplo disso: o pensamento manifesto.
Imperecível, indelével e imortal.

Portanto, podemos reeditar nossa existência.
A cada dia e para sempre.
Para então libertos, proclamarmos: o início, o fim e o meio.

Eis a imortalidade !

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