QUANDO O VENTO ME SOPRAR....
Qualquer dia desses,
quando o vento me soprar
assim como sopra o pó da terra,
ou folhas secas ao chão largadas,
também como os ventos uivantes das madrugadas,
saberei do ser ínfimo que percebo,
de um tudo, sou um tanto do nada,
uma partícula miúda e delgada
oculto, deleitável então perceberei...
o que concebe os ares
semelhantes a olhares, pressinto
a sensação tênue arcana do enigmático,
do afável e querençoso...
dos meu andares, meu caminhares
prossigo na direção talvez errante,
onde o vento me soprar...
onde o vento me levar,
assim poderei repousar, descansar
quando o vento assim, vier me soprar...
Romulo Marinho