POEMORAÇÃO *
Meu Jesus Jovem!
Nossa Senhora das Dores!
Divina Pietà em cujo colo o Filho morto repousa!
Verônica, empresta-me a toalha santa
Para secar-me o rosto profano em suor
E sangue e lágrimas amargas!
Pedro, dá-me o olhar silencioso e perturbado!
O mesmo com que viste o olhar de Cristo negado.
Tomé, Tiago, João,
Vós que com Ele vistes a penumbra do Gólgota,
A aridez do deserto, o mundo aos pés, a tentação,
E o Mestre dizer: “não vive homem só de pão".
Madalena, unge-me os lábios, os cabelos
Com os santos óleos dos zelos,
Meus pés aqui onde os pus,
Como um pecador poeta, um poeta aos pés da Cruz,
Calado, contrito
Contendo o meu próprio grito,
Sem nada dizer a Jesus.
________
* Se o termo não é dicionarizado, perdoem-me a ousadia do neologismo.
Este texto é mais um dedicado a Tânia Meneses, poeta de raro talento e inesgotável inspiração, cujos versos nos encantam a todos. É também uma tentativa de transformar um comentário em poesia. Se não, numa oração após ler "Saudade ininterrupta".
Meu Jesus Jovem!
Nossa Senhora das Dores!
Divina Pietà em cujo colo o Filho morto repousa!
Verônica, empresta-me a toalha santa
Para secar-me o rosto profano em suor
E sangue e lágrimas amargas!
Pedro, dá-me o olhar silencioso e perturbado!
O mesmo com que viste o olhar de Cristo negado.
Tomé, Tiago, João,
Vós que com Ele vistes a penumbra do Gólgota,
A aridez do deserto, o mundo aos pés, a tentação,
E o Mestre dizer: “não vive homem só de pão".
Madalena, unge-me os lábios, os cabelos
Com os santos óleos dos zelos,
Meus pés aqui onde os pus,
Como um pecador poeta, um poeta aos pés da Cruz,
Calado, contrito
Contendo o meu próprio grito,
Sem nada dizer a Jesus.
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* Se o termo não é dicionarizado, perdoem-me a ousadia do neologismo.
Este texto é mais um dedicado a Tânia Meneses, poeta de raro talento e inesgotável inspiração, cujos versos nos encantam a todos. É também uma tentativa de transformar um comentário em poesia. Se não, numa oração após ler "Saudade ininterrupta".