LABIRINTO

Eu me persigo,
não me reconheço
e me perco mais
dentro de mim.

Palavras tentam
me entender, mas
apenas lavram
meu peito de poeta.

Soluço triste,
afogo o choro:
para onde irei
e de onde venho?

Vejo dez caminhos,
escolho um:
justo o do descaminho.
E me perco no labirinto.

(Mas a voz zumbido
das abelhas me conduz
até uma terra onde correm
o leite e o mel.)