CHÁ DE DAMBURITA

CHÁ DE DAMBURITA

Um dia no balneário da velha bruxa,

Estava eu a observar um largatuxa

E surge a velha tomando chá de camomila;

Usava nas costas uma surrada mochila,

Ia para mata pegar doces matinhos

E também rever lindos amiguinhos.

A bruxa gostava de falar em diminutivo,

Tudo para ela era algo muito inofensivo.

Convidou-me para a caminhada na mata,

Pedia licença a tudo ate chegar a uma cascata.

Contou que ali viviam amigos invisíveis,

Que só se mostravam para os sensíveis.

Pegou da água uma um lindo cristal.

Seria dali aquela rocha natural?

Que pedra bela Damburita é o seu nome!

É usada para aqueles que não têm fome!

Ela pediu para eu tomar chá dela,

Chá feito na luz da lua cheia na janela,

Coloque a pedra dentro de um copo de cristal,

Com água de preferência de bica natural,

Deixe passar ali a noite inteira na luz do luar,

Tome todo um dia um pouco após você repousar.

Guarde essa água numa garrafa escura

Ou garrafa embrulhada em alumínio sem frescura.

Repita a magia do chá de pedra em toda lua inteira,

Esse chá ira mudar muito como é a sua maneira.

O chá dela e melhora sempre a autoaceitação,

Cura o emocional e também a dor do coração,

Mas se quiser serve para varizes e circulação,

Ela é a pedra dos amigos que precisa de proteção.

Os anos passaram perdi a pedra da bruxa,

Esqueci que lagartixa para ela é lagartuxa,

Sem motivo lembrei meus dias nas Minas Gerais,

Dos seus ensinamentos e como na minha alma há os seus sinais.

André Zanarella 09-07-2012

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 27/04/2013
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