Minha hora!

Minha hora!

Da minha infância distante

Deixei a passos largos

Uma criança inocente

Um jovem sonhador

Um homem realizado.

No senil da velhice

Vejo o amanhã tão perto

Que o tempo é pouco

Pra escrever minha história.

Já se vão os dias

Em que passava em claro

As noites da minha mocidade

Desperto no amanhecer das obrigações.

Hoje em dia não suporto o sono

Minhas atividades a cumprir

Dia e noite de insônias

Só pensando em arrumar o amanhã.

Quantas lembranças a contar

Quantas fotos a explicar

Quanto remédio a tomar

Quantas coisas a esquecer.

Só de pensar em meus avós

Nem falar dos meus pais

Chegou minha hora!

Não a tempo a perder.

Cadê os meus amigos?

Meus colegas de trabalho?

Meus parentes queridos

Todos já se foram

Ninguém mais pra dividir a conta.

Devo não nego

Pagarei com os créditos

De Deus lhes pague.

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 27/04/2013
Reeditado em 31/08/2013
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