Desce o crepúsculo sobre meus olhos,
anuvia meu ser...
Lanço-me à noite
como quem entrega a'lma,
e em brando sofrimento
revivo o esplendor das negras asas...
Deslizo os olhos
- sobremaneira encantada -
sob esse manto âmbar
de braços largos no horizonte
Movimentos cadenciados
num arder incontido,
prendem os sentidos
entre as frestas da razão
e as tremulantes luzes utópicas
Um tempo que se difunde além de mim,
um céu de sentimentos que me emudece
e me conduz à fronteira d'um porvir
Noite!
Desenha-me à tua plenitude
Alicia-me à sombra do sentir!
Noite de versos antigos...
Enquanto valsas no meneio dos meus cílios,
bebo-te crua e enluarada, sem receio.
- sobremaneira encantada -
sob esse manto âmbar
de braços largos no horizonte
Movimentos cadenciados
num arder incontido,
prendem os sentidos
entre as frestas da razão
e as tremulantes luzes utópicas
Um tempo que se difunde além de mim,
um céu de sentimentos que me emudece
e me conduz à fronteira d'um porvir
Noite!
Desenha-me à tua plenitude
Alicia-me à sombra do sentir!
Noite de versos antigos...
Enquanto valsas no meneio dos meus cílios,
bebo-te crua e enluarada, sem receio.
Denise Matos