Marco infeliz
Cruzemos os braços e finquemos o marco
deste infeliz ano do direito humano.
Não há mais bandeirantes como antes,
mas uma procissão de exaustos sem vela.
Todos tão cansados da esquerda
que por um triz não fica histérica,
todos tão enfadados do fado
tão ancestral agora à descoberto.
A ponta do preconceito vasa a manta sem fios
e arrepia os pios.
Para que soletrar o tabu
se nossa sina foi sempre assim?
Para que falar de diferença se não é essa a crença?
Para que almejar horizontes
se todos estão tão contentes com os montes?
Se quiser ser normal encene a propaganda de margarina,
aproveite e a use como vaselina,
o dedo deles vem primeiro no nariz
depois mais atrás...
e, caso você não desafronte,
quando menos perceber
já está cheio de pica de rinoceronte.
Cruzemos os braços e finquemos o marco
deste infeliz ano do direito humano.
Não há mais bandeirantes como antes,
mas uma procissão de exaustos sem vela.
Todos tão cansados da esquerda
que por um triz não fica histérica,
todos tão enfadados do fado
tão ancestral agora à descoberto.
A ponta do preconceito vasa a manta sem fios
e arrepia os pios.
Para que soletrar o tabu
se nossa sina foi sempre assim?
Para que falar de diferença se não é essa a crença?
Para que almejar horizontes
se todos estão tão contentes com os montes?
Se quiser ser normal encene a propaganda de margarina,
aproveite e a use como vaselina,
o dedo deles vem primeiro no nariz
depois mais atrás...
e, caso você não desafronte,
quando menos perceber
já está cheio de pica de rinoceronte.
Créditos da imagem: Fernand Cormon - Caim