O cara do lado
Este aqui é meio esquisito
de sua boca ouvi mal um ruído
que antes de entrar pelo ouvido
tentou se passar despercebido
E depois de um tempinho
fez uma zuada com outro vizinho
só pra tirar sarro do seu murmurinho
mas logo depois, ficou bem quetinho
Se acomodou discretamente
e mesmo meio gordo
ajeitou sua bagagem de forma urgente
para não encostar nenhum dedo na serpente
É assim como me vêem os amigos "dele"
A malteitora dos infernos
que veio pertubar um cavalheiro feliz
e no fim das contas ficou de meletriz
Mas só queria uma coisinha
voltar com o príncipe que tanto a quis
mas parece que o retorno
foi um "belo" mal agoro
Então continuou a sua postura
até o fim da rua
olhando pela janela a chuva
que escorria e embassava até a lua
E quando finalmente cheguei
ao meu ponto me levantei
e ele relaxou rapidamente
a estátua se mexeu "alegremente"
E fui embora ainda embaixo de chuva
e com guarda, protegi as madeixas da água dura
que escorria entre os boeiros da cidade
em velocidade extrema mesmo tarde
E o que dizer deste final
que o cara do lado se fez de mal
mas encobido de palavras à mulher proibida
que magou o seu amigo, mesmo sem ferí-lo
É o preço denão ter sobrevivido
à esse amor que tardeamente havia florido
mas foi desherdado antes mesmo de ter nascido!!!