Aquele menino

Eu sou aquele menino

Da casa de tijolos vermelhos,

Da esquina

Das ruas descalças,

Vizinha de lotes baldios repletos de assa-peixes,

Em cujas flores as abelhas

Buscavam néctar para fazer mel.

Eu sou aquele menino

Tímido

Que brincava à sombra dos arvoredos:

Das mangueiras, abacateiros, cajueiros,

E tantos outros pés de frutas saborosas.

Eu sou aquele menino que sonhava,

Que deixava a imaginação

Correr solta até onde ia seu pequeno conhecimento,

Ao construir estradinhas no chão,

Debaixo da mangueira.

Eu sou aquele menino que cresceu,

E continuou sonhador,

Buscando, talvez, a felicidade,

Naquilo que se chama amor.

Brasília, 16 de abril de 2013.

Maurício Apolinário
Enviado por Maurício Apolinário em 24/04/2013
Código do texto: T4257745
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