DESEJO

A paz é o meu querer

quando tiver de ir...

só vou querer morrer,

no nada a espargir...

Meu nome vão varrer,

vida alheia a usufruir...

agudo carpir do morrer,

nos falsos ais a espargir...

Discurso não há de haver,

Canto não há de se ouvir...

Só o silêncio do morrer,

nos ares a espargir...

Embora o corpo a descer,

contente a alma a subir...

luz no negrume do morrer,

na eternidade a espargir...

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 24/04/2013
Reeditado em 11/02/2016
Código do texto: T4257415
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