Quantos

eu terra, um verme no assoalho

do mundo, evocando

pelo deuses e pelos ritos

no figado de um rio

bebado e desgranhado...

rasgando as cortinhas

das coisas que existes

quantas mortes ainda

hei de passar, quantos

véus hei de romper para

que te encontre, para te

veja, para que te saiba...

quantos buracos hei cavar

e qual desse mundos,

de subterraneo e dicionários...

quantos?

.

quantos mortos hei de ver

quantas escavações no

cemitério das palavras, dos

livros, onde as lendas habitam

quantos

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 24/04/2013
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