ITAIPU
Antonieta Lopes
Sobre o alvo esplendor de Sete Quedas,
Fulgor de astros, visto a olho nu,
Do chão, o sincronismo, homem arredas
E cobres tudo com Itaipu.
Lá se vão rochas, peixes, plantas, mudas,
As locas da serpente e do timbó
Num gesto involuntário as depredas,
Energia gerar não queres tu?
A água represada ergue-se, brava,
Em jorros desce branca e espumante,
Enquanto a terra geme escura e cava
A beleza gerou força-gigante,
E onde Sete Quedas deslumbrava,
Nasceu da pátria usina mais possante.