Deusa
Coberto por manto de verde puro,
um corpo de Deusa de bom augúrio,
a pele fresca revela tanta beleza,
delicada como porcelana chinesa.
A fronte, de nobreza sublime,
uma serenidade rara exprime
e a cachoeira de cabelos sedosos
escorrem pelos ombros viçosos.
Seu inesquecível semblante,
inefável presença marcante,
olhos de mel que seduzem
e a paz cobiçada induzem.
Suave e ondulado, o ventre raso,
como dunas espraiadas no ocaso,
descaindo para curvas sinuosas
das ancas, artesanas portentosas.
Seu porte elegante, elevado
por colunas de mármore dourado,
guardando emoções inauditas
na gruta de intentonas benditas.
Brasília, 03 de junho de 2001