A Vida de Trás pra Frente.
Intorpeço-me em meus complexos,
E comprimidos para minha hipocondria,
Talvez minha alergia a tudo que é correto,
Me faz um inseto em metamorfose constante.
Empilhando nas paredes e estantes,
Os sopros disfocados das minhas antigas vestes,
Este rosto, que muda constantemente
Sem eu saber quem habita dentro de mim.
Talvez um herói exilado,
Ou um covarde camuflado
Que escolhe as sombras ao brilho da loucura,
Queria eu ser louco para não temer a insanidade
Ou os olhos massacradores de meus visinhos,
Queria eu morar sozinho em meu corpo,
E não temer a face diante do espelho
Não correr para trás
Buscando mudar o passado.
Simplesmente viver para frente
E deixar enterrado
O que ficou para trás.