O DIFÍCIL DESATE DO NÓ

Andarilhei, andarilhei
Sem pena dos pés.
Voei, voei, voei
Em voo cortante e rasante.
Nadei, nadei e quase me afoguei.
Dei braçadas no mar.
Dei revoadas no céu.
Andei que cansei.
Nenhuma bela vista encontrei.
Nenhum pouso que valesse
O esforço que executei.
Nenhuma fonte que tirasse
O desconforto de tudo que deixei.
Do que penei, do que exultei em largar
E até do gosto da boca molhada
Que sequei ao gritar estrondosamente
Para te fazer voltar da sua luta absoluta e resoluta
Em fugir do nó que em mim aparecia e apetecia
Tipo senta quase impossível ou inconcebível de executar.




Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 22/04/2013
Reeditado em 22/04/2013
Código do texto: T4254474
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