da poesia uma puta

nos intervalos dos

uivos

( do cão diabólico que morde

o coração)

uma caneta escreve

seu nome com

a tinta sugada

gentilmente de um

ramo de alecrim;

e na faceta escrita

queima no fogo

alto de uma fogueira

a lenha seca...misturo

a memória que minha

carne eu ainda grito

e dessa fumaça

crio o feitiço

do qual farei

da poesia uma puta

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Se eu tivesse daquele lado

talvez amasse, ou me tornasse

algo relevante...

ou lamentaria

soberbo da dureza da vida;

mas estou do lado de cá

soberbo, e reclamando da

dureza da vida...

e isso me dá relevância

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 22/04/2013
Reeditado em 22/04/2013
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