da poesia uma puta
nos intervalos dos
uivos
( do cão diabólico que morde
o coração)
uma caneta escreve
seu nome com
a tinta sugada
gentilmente de um
ramo de alecrim;
e na faceta escrita
queima no fogo
alto de uma fogueira
a lenha seca...misturo
a memória que minha
carne eu ainda grito
e dessa fumaça
crio o feitiço
do qual farei
da poesia uma puta
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Se eu tivesse daquele lado
talvez amasse, ou me tornasse
algo relevante...
ou lamentaria
soberbo da dureza da vida;
mas estou do lado de cá
soberbo, e reclamando da
dureza da vida...
e isso me dá relevância