Onde me observo

Onde eu erro, onde me observo

Tenho lentes potentes para ver meus limites

Grito alto, para ver até onde ouço

Onde mais erro, melhor observo

Senhor dos meus defeitos, assim sou um servo

Falo e me abalo, calo-me e saio,

Faço e descanso, desacreditado até alcanço

Mas por pouco isso me deixa devastado

O anseio serve para me dar partida

No meio do caminho, desisto da vida

E para trás olho, estou sozinho,

A volta é perdida, no meio da estrada

Para frente, andando, e mesmo chorando

Não pode mais haver parada

E mesmo cansado, preciso viver o legado

Já escrito por outras histórias simplórias

Maculadas com vivências passadas

E sonhos utópicos de glórias