O palhaço
I: E lá, quem vem?
L: Não é ninguém.
I: É sim, Homem! É aquele...
L: Pois não vejo ninguém.Augusto, o grande?
Ou Alexandre?
Quem é que canta
Que o mal espanta,
quem tem garganta?
Quem tem coragem,
de encarar o espelho,
com o nariz vermelho
E ensanguentar o ego?
Quem é que faz,
retalho da alma
Se apresnta com calma
E dorme ainda em paz?
Quem é este homem,
que as trevas consomem
E a arte refaz?
Quem e este homem,
Como é que ele ama,
O que é ele faz?
I: Este homem, meÉ e só. É a matéria, o pó
É miséria
Sem dó.
(Apaga a luz,
escurece o espelho
Já chega de escárnio
Sobre o nariz vermelho)
Noites Loucas e Insanas
Arte, a tragédia desumana.
Sejamos de uma acidez pura
O mal do século,
E também a cura.
Conversavam a Insanidade e a Loucura, quem tiver olhos...
Leia.