A MORTE DA ROSA

A MORTE DA ROSA

Uma pétala

Vagueia solitária pelo jardim

Como uma corda frouxa

Entre cordas esticadas

Neste fortuito prodígio que brilha

E depois se atrapalha

Com se fora um nó de luz

Como incubar a sede

Em uma fonte de água

Este fio invisível

É como

Uma indolente e misera larva

Um beijo sinistro

Em lábios insossos

Vagando como papel celofane

E transformando a rosa

Em figura amarga e letárgica

(Orides Siqueira)

Orides Siqueira
Enviado por Orides Siqueira em 21/04/2013
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