AS DUAS FACES


Entende-se que a face é a mesma
Em todas as horas, encontros, relações.
Enganos assustadores estremecem
Desconsertando grande parte do ser humano.

Uma face agrada, a outra se entra em pânico.
Procura-se compreender o quase impossível.
A independência em tudo apavora outros.
Basta o que se tem para tudo, sem depender.

Liberdade é essencial sem satisfação a dar.
Voando entra-se em turbulência respirando ar
livre sem interferência de quem quer que seja.
Coisa sagrada é ser livre sem as duas faces.

Apega-se a face bondade, consideração.
Descarta-se a outra ignorando o existente.
Não perde nada, outros perdem muito.
Segue-se sem pedir arrego para melhor viver.

Faces que apavoram as atitudes inesperadas.
Costumeiramente já vira rotina que desilude.
Em alguma situação passeia como
Se fosse conquistador galante e sedutor.

Que faces destorcidas em tantos amores
Querendo mais quem sabe um harém
Não, não diz querer, como estar, basta.
Nessas faces aceita-se a duplicidade existente.

Com duas ou mais faces, seguem os dias
Nas ilusões, recordações, imaginações.
Do princípio ao que perdura no coração
Talvez bandido, permitindo-se amor satisfação.






 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 21/04/2013
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