BALSA

BALSA

O rio é sinuoso no começo,

Seu sorriso é o meu endereço.

Há peixe metálico veloz,

Todos sós com muitos nós.

A palavra é só um intervalo

E o seu olhar é o meu abalo.

Jacarés soltam tantos poluentes,

Deixando muitos tão doentes.

Quero destruir todo o mal,

Enquanto você acha normal.

E o rio bravio está logo ali,

Sinuoso como uma sucuri.

Cadê a minha rústica balsa,

Que bailará com o rio uma valsa?

Que atravessará esse rio doente,

Separando os monstros da gente!

Cada sacolejo me tira à calma,

O rio deve ter me roubado a alma.

Vejo os peixes urbanos no rio,

Dentro de um veiculo vazio.

Apenas você é para mim real,

Neste planeta louco surreal.

Como rouba-la neste momento?

Quero saber fazer um encantamento,

Vamos juntos fugir em minha balsa,

Pois neste rio urbano a vida é falsa.

Quem sabe assim na utopia ser feliz!

André Zanarella 05-07-2012

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 21/04/2013
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