LIBERDADE PARA O SONETO

Há tempos tento a escrita de um soneto
Para tanto tenho estudado estética
Para não errar na sílaba poética
Apesar de achar tudo obsoleto

Vi tanta velharia, muita pesquisa
De amor, de dor e só morri mil vezes
Deixei trabalho e pra viver vendi mil rezes
Passo a duvidar que escrever soneto dê camisa

Percebi então que sou um poeta
Que escreve os versos de um em um
E que nem tem a pretensão de ser profeta

Além do mais não encontrarei nenhum
Soneteiro pra conferir minha meta
Neste século vinte e um