SOLVÊNCIA

Também quero dizer dos lugares

onde se ocultam os reflexos e suas vergonhas.

A leitura que substitui o pensamento,

e torna um parágrafo, o tormento.

Ícones pulsantes que calam os lábio da fome...

espírito quebrado num peito ao qual não pertenço.

Só por isso as lâminas desenham no pulso

o sinal de repúdio para o estar, mesmo não sendo.

Por isso o sangue faz o caminho de volta,

depois que lá fora, percebe do que sou feito.

Não há espíritos vagantes, nem ressentimentos.

Nem círculos mágicos ou ruas intermináveis.

Há o barro, o plutônio...e há os inventos...

algum apagará minhas memórias,

para esquecer que estou apenas vivendo.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 19/04/2013
Código do texto: T4249725
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