Versos Solitários
Meu corpo é chama,
Ardendo por dentro,
Congelando por fora
E meu olhar,
Algo que busca sentido,
Mas em qual sentido
Se encontrará?
Não sou o personagem
Que queria ser,
As vezes até a morte escapa de mim
Quando vou de encontro a ela,
Talvez não seja minha hora,
Hora?
Será que temos horário marcado para morrer,
As vezes se entregar ao silêncio e a submissão já seja morte,
Não amar, não sorrir, não desejar viver,
Não fazer planos e não querer errar para acertar,
Estipular metas, lembrar e esquecer
Acordar todos os dias,
Querendo ouvir os sons do mundo,
Ou simplesmente o canto dos pássaros,
Não é para todos, que o mundo é poesia.
Para alguns
A dor profunda é bela e castigadora.
Como um doce veneno que adoça seus lábios,
Mas por dentro, destrói sua alma.