Fim do conto
E mais uma bela e tenra mentira
Olhar eterno , doce, de mel ?
Suga e voa ,princesa vampira
E vá descansar em paz no céu
E morre de novo em mim uma parte
Enterra-se naquele pinheiro, em terra roxa
Voa correndo faz parte.
Corre de medo, sem vontade, é frouxa.
Paterno medo, leve demais , a mão.
E lágrimas correm semelhante,
pela morte, pelo sangue, pelo não.
Pelo luto igual infante.
Mas renascimento há sempre.
Como a fênix das cinzas renasce.
Tira, a contragosto , do ventre,
a morte recente , do antigo enlace.
E a criança fada perde a mágica
E o pó brilhante, se torna pó.
De toda delicadeza ,resta a sádica
E da melodia , uma nota só
E a brisa voou com o vento
Da tempestade que varre tudo, fica dor
Conto de fadas que finda sem alento
Morre sim em vida, sem mágica, sem amor