o assombro que me reveste
na porta da minha
casa, ao sol que
me perdura o tempo.
sinto o azul da rua
o cloro da casa nua
e o cisne de sino estupefato
o tambor rude que me esconde
Dos flancos, gretas e do sono
Que rufando me põe adiante
Ao arame tenso da eternidade;
alguns passos, sossego, deito
sobre a grama verde, eu abro
o peito e aceito o dia que se repete;
e nele me esqueço e me deleito;
do assombro que me reveste