SINTO DÓ DE VIVER

EM ALGUNS INSTANTES SINTO MEDO DA VIDA -

QUANDO O SOL DESPONTA,

QUANDO A LUA ACONCHEGA,

QUANDO AS ESTRELAS FORRAM O CÉU...

EM OUTROS SINTO MEDO DE TEMPESTADES

ONDE ME ROUBAM SEU AMOR.

SEM SEU AMOR

NÃO OUSO ABRIR

O LIVRO DOS MEUS DIAS,

NEM DESCORTINAR

OS VÉUS DAS MINHAS NOITES.

O SEM-FIM PARECE ME ALCANÇAR DE CHOFRE

E ME ABRAÇAR, FORTE,

DE ENCONTRO AO SEU PEITO.

ME SUFOCANDO,

SEM ME DEIXAR RESPIRAR...

AH! COMO ME DÓI A VIDA!

DÓI DE NÃO SE CALAR.

DÓI DE NÃO SE CONDOER.

DÓI DE ME ABALAR.

ME DÓI TANTO A VIDA

QUE SEU DÓ

BAILA DE ME ABALAR.

MAS, CREIO EM MIM,

QUE SERÁ

DE UM DÓ SOLITÁRIO

A DOR QUE VEM DE ME ALCANÇAR...

AO SOM DA "TOSCA", DE GIACOMO PUCCINI

MARIO WERNECK
Enviado por MARIO WERNECK em 18/04/2013
Reeditado em 18/04/2013
Código do texto: T4248049
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