AS FLORES-DE-LIS
Éramos a comparação tão amena
Da luva que se calça pelo avesso
História que nasce sem o começo
E findava a intensa feição serena
Mas, deprimi a noção madrugada
Em plena força de riacho subindo
Foi desilusão de bolha emergindo
Em lamentação de flor orvalhada
O que seria o novo começo de era
Um sorrir de solidão na primavera
Suprindo de amores minha fonte,
Ruiu-me na agonia da sua crença
Hoje sou mero fruto da tua lenda
E pôr-do-sol sem outro horizonte.