Rito de passagem

Rito de passagem

A menina brinca de boneca,

faz uma família de plástico,

Onde as normas lhe são cegas,

Separa os dramas do retrato.

o tempo que não foi vivido,

que nos seus ossos ficou parado

que hoje no coração é guerra

e suga como uma carrapato .

Cria-se um mundo novo,

que de Longe é brincadeira,

que de perto, é coisa séria ,

intransponível ao cansaço.

e fica ali sozinha, mentindo

existir, á mão, outra maneira

ao senso, um devaneio

e fazendo disso um grifo

cria um rito de passagem.

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 18/04/2013
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