Diem

Diem

Nunca, eu nunca fiz nada,

sempre fiz de tudo.

Nada, nada é muito pouco,

não dá conta do meu mundo

A vida é demais e pulsa,

portanto, faço tanto

e tanto que acho pouco,

mas, é muito pra tantos.

Sempre, eu sempre faço

Dou braço ao acaso

E não faço por fazer

E quando faço, descaso

É tanto e muito a vida,

que não dou conta

de contar meus abusos;

são poucos na minha conta

Não tenho tempo pro nada.

Tenho vida pra tudo.

Não me contento no tempo,

arrombo portas e mundos.

Não, eu não perco vida

e nem tempo; ganho.

Passos largos e descalço

alço voos sem tamanho

Mário Paternostro