Lacrimosa.
Havia tristeza naqueles olhos,
Olhos que pareciam poesias
Derramando seus versos,
Sobre um poço profundo.
Teu leve suspirar era mais belo que o dia,
Porém mais triste que uma noite silenciosa,
Onde lança teus pensamentos,
Óh bela rosa,
Que parece perder mais pétalas a cada dia.
O seu sorrir tornou-se pranto,
Teu canto, silencio profundo.
Teus olhos de brilho,
Tornaram-se terríveis labirintos,
E teu belo corpo,
Morada de uma alma estranha.
Na tristeza te banhas,
Como quem perde todo o brio da vida,
Talvez a felicidade tenha abandonado teu coração,
talvez a esperança tenha sido aprisionada.
Mas mesmo ausente,
A dor sempre será lembrada,
Pois nem o tempo apaga
As feridas marcadas no coração,
A alma pode ser intocada,
Mas o corpo sofre,
O que ela não pode sentir.