Caos
Embarquei meus sentimentos num ice-berg,
e coloquei óculos escuros no olho do furacão.
Não vi a luz no final do túnel, pois lá havia um arrastão.
A tempestade não cessava e em meio a ventos, trovões,
relâmpagos, eu ouvia a gargalhada dos deuses.
E o meu terceiro olho ficou vesgo e melequento.
Lá, no meio do rio, entre brumas e monstros, eu percebi
o Barqueiro.
Mas, eu não tinha uma moeda no bolso.
Azar o meu, o caos é o meu senhorio...