O Luto da Luta

Tudo começa como termina...

Uma história como outras tantas.

Numa tal bendita esquina

Onde o sabiá não canta.

Nasci à beira do córrego,

E à margem da sociedade.

Sou negro, sofredor e pobre.

Mas sou bem visto na comunidade.

Pelos becos e avenidas

Procuro a igualdade humana

Que anda um pouco esquecida

De passar por essas bandas.

Os corredores infinitos

Pelos quais eu me rastejo

É para consolar os gritos

E as injustiças que vejo.

Enxugar olhos marejados

Da criança que lamenta

Por não ter no seu prato

A comida que a sustenta.

Que não cante o sabiá!

Karoline Correia
Enviado por Karoline Correia em 16/04/2013
Código do texto: T4244289
Classificação de conteúdo: seguro