Língua-leve

Meus olhos, duas lanternas-neon

Tua nua barriga

Forjo-te, engodo

Uma mulher-de-porcelana

Meu manto de labareda inunda tua substância

Sou ventania,

perfuro teus ouvidos, iludo a semântica precária.

O furor do meu ciúme corroi teu busto preto

minha língua palerma lambe o agridoce que sobrou

Tua pele de cobra,

Teu gesto de éter

Welliton Oliveira
Enviado por Welliton Oliveira em 16/04/2013
Código do texto: T4243755
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