Língua-leve
Meus olhos, duas lanternas-neon
Tua nua barriga
Forjo-te, engodo
Uma mulher-de-porcelana
Meu manto de labareda inunda tua substância
Sou ventania,
perfuro teus ouvidos, iludo a semântica precária.
O furor do meu ciúme corroi teu busto preto
minha língua palerma lambe o agridoce que sobrou
Tua pele de cobra,
Teu gesto de éter