o que meus olhos veem
são barcos
mas, tem o som do mar
o cheiro de sol com sal
poucos entendem,
um ponto azul
é muito importante
parecem iguais os dias claros
e não são

estou entre as mesmas coisas
a muito tempo,
minhas cercas quebraram
estou aprendendo a ser livre
poemar as vezes cura,
suplicar , incluir um sorriso  a mais
transforma a paisagem
tarefa cansativa
dividir nostalgia
com as paredes do céu
sentada no velho banco
áspero de sal e areia

e o que meus olhos veem 
são barcos
cantando seu canto
abrindo caminhos nas marolas
curtindo suas solidões
sem perder a cor
ainda que ressecados
pelo sol
permanecem firmes


parece tudo volátil
mas o  vento leva e traz
o que faltar,
é um mistério inteiro
um corpo cheio
do que recordar

e simplesmente parece
que  tudo que meus olhos veem
são barcos...

olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 16/04/2013
Código do texto: T4243436
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