Dos Olhos Castanhos

Adormeço meus olhos no castanho dos seus...

e é como se eles se banhassem em mil banhos...

e, sobre um mundo sujo (de olhares ateus),

despertassem os olhos desses deuses dos sonhos.

O mundo está feio; mas, os sonhos são meus!

e, neles, o poeta é o pastor dos rebanhos

(sentimentos que pastam nas belezas de Deus;

como pastam meus olhos nos seus olhos castanhos).

Eu não os quero, porém, como dois prisioneiros

que cantassem o amor nas gaiolas da vida;

pois, são pássaros do ar (os seus olhos trigueiros)

que voam e cantam na minha alma ferida...

dois bálsamos que adormecem a dor mais doída

e me trazem sonhos castanhos e verdadeiros.

16-04-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 16/04/2013
Reeditado em 10/12/2015
Código do texto: T4243220
Classificação de conteúdo: seguro