Explorar o vazio...

Interior do carro a música estronda,

Deteriora a consciência do ouvinte!

Retumba num cérebro vazio, doente.

Eu, aqui em pé a espera do ônibus...

Procuro pelo som da minha infância!

Passado, presente, futuro, nascente,

Musicalidade percorre minhas células,

Gruda as paredes num vazio decadente

Eu, aqui numa dança, eu e meu animus

Juntos num rodar voluptuoso. Sinfonia!

Eu o olho, ele me olha, enigmático som

Rasga o peito para polir as veias azuis

Escritas ao correr das unhas nas bulas

Cunhadas a minha imagem tom sob tom

Juntos num arranhar sensual. Sinestesia!