HOMO-FOBIA
Olho a rua nua, vazia
Fria, com sua gente
Carente, perfeita
No vai e vem, refém
É o que se noticia
Em noites vazias e frias
Sangue a escorrer
Nas veias de suas periferias
É mais um corpo, ele ou ela
Inerte, a alma oferecida a Deus
Sem ele pedir
Homo-fobia
Quem deveria proteger
Maltrata, ataca, difama
De forma sacana
Usando o nome de Deus.
Deus não tem sexo
Nem dígito tem filhos
O verbo continua a ser conjugado
Matar, mal tarar, infringir
O livre arbítrio
Grito, grito, grito.
Ainda se morre ainda se mata
Por ter opção