Um canto feio...

Encimando

Aquela árvore,

Um corvo preliba

A Lua, cortando ao meio

A noite, com seu canto feio.

E uma saudade

Se evola do peito,

Buscando um antigo

sentimento esquecido

Pelo tempo...

Aquela árvore,

Outrora flamboyant

De um vistoso vermelho,

Hoje é este lúgubre

E solitário abrigo de corvos...

Ali, na esquina dos anos,

A saudade passa sozinha,

Ausente de rostos amigos,

De instantes familiares...

... E o corvo, mesmo alheio

A tudo, parece entender

O sentimento que permeia

Aquela noite, cortando-a ao meio

Com seu canto feio.

(Danclads Lins de Andrade).

Danclads
Enviado por Danclads em 15/04/2013
Código do texto: T4242574
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