Poema de Sangue
Com linhas estremecidas pelo sentimento que domina a alma,
A caneta dos desígnios traça rumos de desespero,
Do céu ao inferno por um ato deplorável,
Que faz sangrar de ira a cada batimento instável,
Coração, diamante do corpo, o centro da vida, o cofre dos desejos escondidos,
Como nascente de um rio, desmancha-se em sangue,
É a ira que domina a alma, instintos violentos,
Do dia de luz, às trevas, às nuvens, aos tormentos.
Na vida, no sangue, na ira, na revolta,
Diante da insanidade sempre há uma resposta,
Se no sangue derramado havia ira, ódio e terror
Se observado com atento cuidado, no mesmo sangue pode haver perdão e amor.