capitão Poe

pego a matéria

inculta, sem forma

e em estrofes

lhe amarro

e lustro pra deixar

bonita e conforme...

eu singro a vida

e de armadilha

em versos, como

a arapuca o passarinho

eu capturo do mar uma ilha

e lhe circulo bem seguro

E lhe armo de sentido

e com a forma lhe faço

um escudo;

assim nasce o poema

ripado do mundo

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 15/04/2013
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