capitão Poe
pego a matéria
inculta, sem forma
e em estrofes
lhe amarro
e lustro pra deixar
bonita e conforme...
eu singro a vida
e de armadilha
em versos, como
a arapuca o passarinho
eu capturo do mar uma ilha
e lhe circulo bem seguro
E lhe armo de sentido
e com a forma lhe faço
um escudo;
assim nasce o poema
ripado do mundo