Espera!?
Espera, espera...
Por um acontecer tão distante,
Por um momento mesmo inconstante,
Apaga a marca do corte,
Costura o véu da própria sorte,
Sem um aceno e nenhum toque.
Vai muda o enfoque,
A vida torpe,
Vislumbrada vista da torre.
Espera, espera...
Alado o pensamento viaja,
Sem eira nem beira, sem casa,
Forte se imagina,
Mas é apenas uma menina,
Buscando o fio que fascina,
Em aquarelas dor e sina,
Renascendo em cinza,
Remoendo sua fútil vida.
Espera, espera...
Um toque de bondade,
Um aceno para libertar a saudade,
Um jesto que a livre da iniquidade,
Um alguém que a ame com verdade!
Espera, espera...