Azul borboleta

No recôndito de mim mergulhei

Em busca de um brilho lazulis

Que tal cristal espelhasse em mil faces

O que de meu se escondeu... De mim!

E ao mergulho no passado

Deparo-me com tanto pedaços... Cacos,

De sonhos estilhaçados

Por escolhas mal feitas

Por assuntos mal resolvidos

Por associações indevidas

Com as ilusões dessa vida...

Dos meus vales mais sombrios

Revi as lágrimas perdidas

Tornarem-se nascentes

Que hoje regam minha solidão.

Nas tentativas de resgaste

Nas procelas me esfacelei,

Como a mesma vontade das ondas

No seu destino traçado

De encontro as rochas marinhas...

Dos recônditos de minha alma

Desterrei meus ossos

Necropiciei minhas atitudes

Na tentativa de descoberta do DNA das minhas desilusões...

Origens achadas no meu insensato coração,

Inexato nas emoções

Descodificado do cognitivo

Entregue as paixões...

Mergulhei, em busca de resquícios que fossem

De uma dignidade emocional,

Para tentar renascer das cinzas tal fênix

E ganhar os ares

Refletindo o azul buscado por mim

Nos recônditos de minha lama...

E me fazer brilhar num tom... Lazulis

Que tem nas asas da borboleta!

Observadora
Enviado por Observadora em 14/04/2013
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