Azul borboleta
No recôndito de mim mergulhei
Em busca de um brilho lazulis
Que tal cristal espelhasse em mil faces
O que de meu se escondeu... De mim!
E ao mergulho no passado
Deparo-me com tanto pedaços... Cacos,
De sonhos estilhaçados
Por escolhas mal feitas
Por assuntos mal resolvidos
Por associações indevidas
Com as ilusões dessa vida...
Dos meus vales mais sombrios
Revi as lágrimas perdidas
Tornarem-se nascentes
Que hoje regam minha solidão.
Nas tentativas de resgaste
Nas procelas me esfacelei,
Como a mesma vontade das ondas
No seu destino traçado
De encontro as rochas marinhas...
Dos recônditos de minha alma
Desterrei meus ossos
Necropiciei minhas atitudes
Na tentativa de descoberta do DNA das minhas desilusões...
Origens achadas no meu insensato coração,
Inexato nas emoções
Descodificado do cognitivo
Entregue as paixões...
Mergulhei, em busca de resquícios que fossem
De uma dignidade emocional,
Para tentar renascer das cinzas tal fênix
E ganhar os ares
Refletindo o azul buscado por mim
Nos recônditos de minha lama...
E me fazer brilhar num tom... Lazulis
Que tem nas asas da borboleta!